Em dezembro íamos começar a preparar o endometrio (parede do útero) para receber o embrião. Assim que a menstruação descesse ia começar a tomar um remédio. Mas a menstruação atrasou. O médico pediu que eu fizesse um exame de sangue para verificar a possibilidade de gravidez. Quase morri do coração né? Uma gravidez natural nessa altura era tudo o que eu não queria. Deu negativo para nosso alívio.
Poucos dias depois, menstruei e pude dar início ao remédio. Como eu ia viajar em dezembro, comecei com dose pequena, ia ficar quase 40 dias preparando o endometrio (o que é muito tempo, normalmente fica uns 12). Viajei e passei muito mal na viagem.. Dores no estômago, enjoos, vômitos.. Minha menstruação quis descer, aumentei a dose do remédio..
Durante a viagem, saiu o resultado da biopsia dos embriões que faltavam.. Um morreu e não foi possível refazer, um era doente e o outro saudável mas portador da mutação paterna. Fiquei feliz de ter ganhado mais um.
Quando voltei marcamos uma ultrassom para ver se estava tudo bem. Funciona assim: a gente toma remédio por 12 dias, faz ultrassom, se o endometrio estiver com a espessura boa, a gente marca a transferência para dali 6 dias ( o meu caso em que meus embriões eram blastocistos). Achei que essa fase seria a mais fácil afinal eu nunca tive problemas para engravidar. Criei a maior expectativa da vida.
Fiz a ultrassom e para minha grande surpresa meu endometrio estava fino demais. Não dava para transferir o embrião, a "casinha" não estava preparada. Como assim??? Isso nunca passou pela minha cabeça e fugia completamente dos meus planos. Fiquei decepcionada. Agora, era necessário parar o remédio, esperar a menstruação e recomeçar o ciclo.
Chateada mas confiante que o dr João Pedro queria tudo perfeito para colocar o embrião, afinal, tínhamos só 4.
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