A doença do Rafael foi diagnosticada após o nascimento, durante uma ultrassom abdominal em que foram visualizados múltiplos cistos nos dois rins.
A alteração nos rins da Maria começou a aparecer na ultrassom morfológica. O laudo constou a seguinte observação: rins hiperecogênicos, ligeiramente volumosos, sem visualização de cistos. Achados podem sugerir doença renal polimicrocistica.
Fiquei desesperada e comecei a procurar sobre rins de bebês em ultrassons. Resultado: não achei nada. Não consegui nada que me dissesse o que essa alteração poderia sugerir, se de fato era a doença ou se poderia ser outra coisa. Conversei com algumas mães que tiveram o diagnóstico intra-útero que me afirmaram ter visualizado os cistos nos rins do bebê durante as ultrassons. Como não haviam cistos visíveis eu fiquei bem esperançosa.
Comecei a ser acompanhada por um nefrologista pediátrico que me disse que o diagnóstico intrauterino era bem difícil e que, na verdade, só poderíamos confirmar qualquer suspeita após o nascimento, mas que tudo indicava que realmente a doença policística autossômica recessiva poderia estar se repetindo. Ele me disse que a característica dessa doença são diversos microcistos e, por isso, não conseguimos visualizar na ultrassom. Também por isso os rins eram hiperecogênicos (mais brancos que o normal), já que os cistos faziam com que os rins fossem mais sólidos e tornavam obstáculos às ondas da ultrassom (não lembro direitinho as palavras dele, mas era mais ou menos isso).
A partir das próximas ultrassons, pedia para irem medindo os rins da Maria Júlia. A verdade é que esses valores e nada era a mesma coisa, porque eu não achei na internet o tamanho normal de rins de um feto. Sempre que eu perguntava aos médicos recebia como resposta de que os rins eram maiores que o normal mas nunca me deram o tamanho de referência. De toda forma achei importante para uma futura gestação e/ou para passar a informação adiante para as mães que me procuram para falar sobre o assunto.
Uma das mães que conheci na internet foi a Ariane, que inclusive me deu a ideia de fazer esse post. Na época ela estava grávida do Álvaro, também diagnosticado com rins policísticos recessivo na gestação. Ela me disse que os rins do Álvaro também eram mais esbranquiçados, que também não viam cistos e que também eram volumosos. Então, percebi que estávamos com um diagnóstico bem parecido. O líquido dela também secou, infelizmente.
Vou colocar as medidas dos rins da Maria Júlia, para que sirvam de referência:
26 semanas: diâmetro longitudinal 4,7 cm rim direito e 4,4 cm rim esquerdo
27 semanas: diâmetro longitudinal 4,8 cm rim direitoe 4,8 cm rim esquerdo
28 semanas: diâmetro longitudinal 6,0 cm rim direito e 5,5 cm rim esquerdo
27 semanas: diâmetro longitudinal 4,8 cm rim direitoe 4,8 cm rim esquerdo
28 semanas: diâmetro longitudinal 6,0 cm rim direito e 5,5 cm rim esquerdo
31 semanas: diâmetro longitudinal 6,6 cm rim direito e 6,2 cm rim esquerdo
35 semanas:diâmetro longitudinal 8,4 cm rim direito e 8,7 cm rim esquerdo
37 semanas: diâmetro longitudinal 10,1 cm rim direito e 10,5 cm rim esquerdo
Quem tiver dúvidas, quiser conversar, qualquer coisa pode me chamar que estou à disposição (e-mail luana.drummond87@gmail.com / insta: maedeucp)
Espero ter ajudado.
Beijos
37 semanas: diâmetro longitudinal 10,1 cm rim direito e 10,5 cm rim esquerdo
Quem tiver dúvidas, quiser conversar, qualquer coisa pode me chamar que estou à disposição (e-mail luana.drummond87@gmail.com / insta: maedeucp)
Espero ter ajudado.
Beijos
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