terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Nova Gestação - Parte 5

Decidi fazer chá de fraldas e foi lindo. Foi gostoso porque tinha pessoas especiais do meu lado, tinha só energia boa e muito amor. Nem sei como agradecer a quem esteve presente e me fez sentir uma alegria inexplicável. Parece bobo mas tinha tanto tempo que não me sentia assim..




















O pessoal do alto risco do Vila da Serra desmarcou consulta comigo algumas vezes e isso me deixou irritada. Mais de um mês sem consultar? Para que eu precisava de acompanhamento de alto risco então?

Fui consultar com dr. Helton e peguei um pedido de ultrassom. 4 semanas depois da última.. A Maria Júlia estava enorme.. 48 cm e 3 kg. Os rins cresceram significantemente. O médico que fez a ultrassom, dr. Francisco, conhece muito da doença e conversou muito com a gente. Gostava dele, ele era seguro no que falava, passava confiança.

O diagnóstico da doença, o real quadro de saúde da Maria só seria feito após o nascimento. E eu profetizava que tudo isso será apenas um susto e que minha filha seria saudável.

Fiz os exames pré operatórios com 36 semanas e marcamos a data do parto para 20 de outubro de 2016, com o Dr. Helton.

Meus exames estavam ótimos.. Tive uma anemia bem leve em julho mas já estava tudo certo. Não tive infecção nenhuma.. Confesso que algumas vezes o medo tomou conta de mim. Na última semana eu comecei a falar que queria que passasse bem devagar porque queria mais tempo com ela ali. Acho que já estava sentindo que algo de ruim ia acontecer.

No próximo post conto como foi o parto! Fiquem com Deus.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Nova Gestação - Parte 4

Feliz ano novo!!! Fim de ano é tão corrido né? Fiz uma festa de reveillón aqui em casa e por isso sumi daqui. Logo depois viajei para a praia e voltei agora. Energias renovadas para esse ano que acaba de começar e que se Deus quiser será maravilhoso!

Continuando a história sobre a gravidez da Maria..

O laudo da ultrassom 3D ficou pronto dois dias depois, justo no dia da ressonância Magnética. O medico do Alto risco (coordenador da equipe) dr. Scheneider, que se tornou meu novo obstetra naquele período, me disse que pelo laudo a Maria Júlia tinha sim grandes chances de ter hipoplasia pulmonar. Achei tão estranha a informação porque o médico não tinha me dito isso. Não me abalou, fui na clínica pegar o laudo. No laudo não constava na conclusão que havia hipoplasia pulmonar. Disse que o volume pulmonar estava reduzido, mas isso era esperado.

Pela primeira vez alguém havia afirmado que a Maria Julia tinha a doença renal do Rafael. Até então vinha escrito que era "possível doença renal policistica", no laudo da 3D já afirmava. Continuei forte porque lá no fundo do meu coração eu não achava que ela tinha problemas pulmonares. Então decidi que nada que os médicos falassem ia me desesperar mais, que Deus estava no controle, que Ele é Deus de milagres e que ia dar tudo certo.

O médico da ressonância me disse que é esperado o pulmão ter volume diminuído mas que provavelmente estaria dentro do valor de referência porque o líquido secou após as 26 semanas. Fiz a ressonância, horrível né? Ficar ali mais de 30 minutos naquela caixa apertada e barulhenta. Maria ficou apavorada, mexeu durante o exame todo.

Cinco dias depois saiu o resultado. A ressonância Magnética é o exame padrão ouro para detectar essas má formações. Resultado: os pulmões da Maria Júlia estavam com volume menor mas dentro do valor de referência do normal, ou seja, não tinham hipoplasia coisa nenhuma.

O obstetra não queria acreditar nisso mas eu nem liguei, problema é dele. Eu acreditava e isso é o que importa.

Com 31 semanas e 4 dias fiz nova ultrassom e a Maria estava bem. Engordou bastante, cresceu, o pulmão cresceu e tinha movimentos respiratórios. Pena que não conseguimos mais ver o rostinho dela. Morri de saudades disso.

Ao contrário do que os médicos diziam, ela mexia muito. Dizem que bebês sem líquido ficam mais quietinhos, mas ela não. Ela mexia demais, chutava até, virava, socava.. Hahaha.. Bastava eu colocar minha mão na barriga que ela mexia sem parar. Acho que era para me falar: "oi mamãe, tô aqui viu?".

Tentei ficar confiante, parar de chorar. Confesso que tinha medo, pânico, mas também uma certeza que teria ela comigo.

Depois conto mais. Estou escrevendo muito, mas foram quase 9 meses né? Tanta coisa..

Fiquem com Deus.